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Estudo: Tristeza e solidão afetou uma em cada cinco crianças durante pandemia

Estudo: Tristeza e solidão afetou uma em cada cinco crianças durante pandemia

Estudo analisou famílias de 17 países europeus e foi feito através de variáveis sobre o bem-estar psicossocial das crianças.

O estudo ‘O impacto da pandemia de covid-19 na rotina diária e nos comportamentos das crianças em idade escolar na Europa: resultados de 17 Estados-Membros’, apresentado esta terça-feira em Lisboa, concluiu que a tristeza e solidão afetaram uma em cada cinco crianças.  

O estudo analisou famílias de 17 países europeus e foi feito através de variáveis sobre o bem-estar psicossocial das crianças. 

“São dados únicos que não temos disponíveis nestas idades em outro estudo desta magnitude, com 54.000 crianças [e famílias], em questões relacionadas com o bem-estar, com a saúde mental e com e estado psicossocial destas crianças”, disse a investigadora do INSA Ana Rito, que liderou o estudo, em declarações à Lusa.  

Assim, em média, e segundo a perceção dos pais, a “capacidade das suas crianças se divertirem com os amigos” piorou em 42% dos casos analisados, nomeadamente na capacidade da criança poder “desfrutar de atividades no tempo livre” (27%) ou de “ter tempo suficiente para si própria” (19%). 

Ainda no que diz respeito à tristeza e à solidão, analisadas sobre o ponto de vista dos pais, estes sentimentos foram mais frequentes para uma em cada cinco crianças (20% e 24%, respetivamente). Por outro lado,  uma em cada quatro crianças foi também percecionada pelos pais como sentindo-se menos bem e em forma. 

“Estes dados permitem-nos fazer uma reflexão conjunta daquilo que vai ser a abordagem da obesidade infantil e, portanto, eu acho que é muito importante podermos verificar o que é que aconteceu em Portugal, mas, ao mesmo tempo, termos um termo de comparação com os outros 16 países que participaram neste relatório”, adiantou. 

Já sobre as condições materiais familiares em comparação com o período pré-pandemia, os investigadores observam uma diminuição dos pais que reportaram estar empregados a tempo inteiro ou a tempo parcial durante a pandemia, sendo mais evidente nos pais (70-62%) do que nas mães (52-44%%). 

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