expresso.ptexpresso.pt - 25 abr. 07:00

Joana Marques: “Não penso muito nisso, mas o meu pai telefona-me e pede-me para não falar deste ou daquele quando deteta um grau de loucura”

Joana Marques: “Não penso muito nisso, mas o meu pai telefona-me e pede-me para não falar deste ou daquele quando deteta um grau de loucura”

Em criança levava-se muito a sério, mas cedo aprendeu que quanto mais se enervava mais o irmão gozava com ela. Sempre quis ser guionista e foi nas Produções Fictícias que deu os primeiros passos. Do Canal Q saltou para a rádio e hoje é autora de um programa de sucesso, que para alguns é "Extremamente Desagradável". Francisco Pedro Balsemão recebe Joana Marques no Geração 80. Ouça aqui
Matilde Fieschi

Nasceu em Janeiro de 1986, em Lisboa. A infância foi passada entre a casa dos avós, no Restelo, e a casa onde vivia com os pais e o irmão, em Linda-a-Velha.

Estudou sempre na zona do Restelo. Os avós viviam na hoje conhecida avenida das embaixadas, cada um do seu lado da estrada - foi lá que os pais se conheceram.

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Em criança fazia teatros com o irmão. “Ele é que mandava, fazia o guião e eu era sempre a personagem secundária, claro”, recorda. Têm 6 anos de diferença e gostos muito diferentes: “Ele é o lado sério da família”. “Enquanto eu ouvia Spice Girls ele fechava-se no quarto, naquela fase complicada da adolescência, a ouvir Nick Cave”, recorda.

Em casa tinha demasiadas regras, mas na casa dos avós “não havia lei”. “Abri a despensa e podia comer o que quisesse. Era aquele exagero que os avós permitem e hoje nós, pais, censuramos”. Não havia dia que não fizesse birras sempre que os pais a iam buscar para ir para casa. “Era chato voltar ao mundo das regras”, desabafa.

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Adolescente um pouco rebelde, mas talvez por culpa da tamanha disciplina que tinha em casa. “Ficava meses de castigo” e não esquece um deles: “Para aprender (e bem) fiquei um mês a ver todos os clássicos do cinema”.

É licenciada em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, mas a faculdade esteve sempre em segundo plano. Nunca quis ser jornalista e no primeiro ano de licenciatura percebeu logo que não gostava do curso. Já sem esperanças que abrisse a tal cadeira de Televisão e Cinema tirou, em paralelo, um curso de guionismo. “Eu sabia que queria ser guionista”.

Começou a trabalhar nas Produções Fictícias, saltou para o Canal Q e mais tarde para a rádio, onde fez as manhãs da Antena 3. Hoje faz o programa mais ouvido em Portugal - o Extremamente Desagradável. “É a rubrica herdeira ‘Altos e Baixos’. O título vem da Inês Lopes Gonçalves. Nunca fui boa nisso”, confessa.

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Não considera que o que faz todos os dias seja um “ato de coragem”. Acredita que o ódio das pessoas não vai passar para a “vida real” e até desvaloriza os alertas do pai: “Ele às vezes telefona-me a pedir-me para não falar mais desde ou daquele”, conta.

Tem dois filhos. Também eles muito diferentes. O mais velho adora moda e quer ser estilista, o mais novo adora carros e é do Sporting, mesmo com um pai do Benfica e a mãe do FC Porto. Trouxe para este podcast o primeiro livro que leu em criança, ‘Uma Aventura’, e recorda a diferença entre gerações: “Quando estava aborrecida lia, hoje os miúdos têm muitos estímulos”.

Joana Marques é a convidada do Geração 80, um podcast conduzido por Francisco Pedro Balsemão.

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