rr.sapo.ptrr.sapo.pt - 29 abr. 09:25

"Mundo segue um rumo de pouco respeito pelos trabalhadores", lamenta LOC

"Mundo segue um rumo de pouco respeito pelos trabalhadores", lamenta LOC

Quarta-feira é Dia do Trabalhador e a Liga Operária Católica (LOC) alerta para indícios de pouco respeito pelos mais pobres e lamenta o elevado número de trabalhadores pobres. Já a Juventude Operária Católica garante que "enquanto houver precariedade haverá JOC a lutar contra ela".

Em declarações à Renascença, a propósito da data que se celebra na quarta-feira, o Presidente da Liga Operária Católica (LOC), Américo Monteiro lembra que "em Portugal, 10 por cento das pessoas que trabalham estão consideradas pobres".

O responsável sustenta que "começam a aparecer sinais mais acentuados de dificuldades no mundo do trabalho". "E há toda uma série de indicações de que os trabalhadores vão sofrer dificuldades maiores nos tempos que se aproximam", acrescenta.

Neste contexto, Américo Monteiro defende que o 1.º de Maio tem de ser “um dia de festa e de luta”. "O 1.º de Maio tem de ser sempre dia de festa, de comemoração e dia de luta por conservar direitos que são essenciais à dignidade dos trabalhadores”, sublinha.

as coisas para encontrar rumos para melhorar a vida de todos na sociedade em que vivemos", exorta.

"Enquanto houver precariedade também haverá JOC a lutar contra ela"

Por sua vez, o Presidente da Juventude Operária Católica (JOC), Pedro Esteves deixa, em entrevista à Renascença, a garantia de que "o salário minino não é suficiente para as pessoas viverem dignamente".

O responsável por este movimento da Igreja Católica para jovens dos 14 aos 30 anos diz que "o 1.º de Maio é sempre um dia especial para festejar e reivindicar direitos".

Em entrevista à Renascença, o jovem começa por explicar porque é que a JOC decidiu assinalar o 1.º de Maio com uma atividade nacional dedicada ao tema: "Habitação, Realidade ou Ilusão?". "Porque a maioria dos jovens recebe menos de 1000 euros por mês e as rendas são muito superiores a esses", explica.

O responsável sublinha "a muito elevada precariedade entre os jovens que não conseguem suportar os preços das casas, para além de todas as outras realidades da sua vida".

"O tema da habitação para este 1.º de Maio é importante para sublinhar que os jovens não conseguem suportar a sua própria habitação. E a questão é que o salário mínimo não é suficiente para as pessoas viverem dignamente. As pessoas não conseguem viver sozinhas com o salário mínimo, têm que partilhar casa ou têm que continuar a viver em casa dos pais", acrescenta.

Atualmente, a JOC conta com a militância de cerca de duas dezenas de jovens, mas ainda assim, Pedro Esteves assegura uma vigilância apertada às dificuldades que os mais novos enfrentam no meio laboral, em particular "a precariedade que continua a existir". "Essa é uma realidade sempre presente, e, portanto, enquanto houver precariedade, haverá JOC para lutar contra ela", garante.

NewsItem [
pubDate=2024-04-29 10:25:37.0
, url=https://rr.sapo.pt/noticia/religiao/2024/04/29/mundo-segue-um-rumo-de-pouco-respeito-pelos-trabalhadores-lamenta-loc/376048/
, host=rr.sapo.pt
, wordCount=408
, contentCount=1
, socialActionCount=0
, slug=2024_04_29_622629700_-mundo-segue-um-rumo-de-pouco-respeito-pelos-trabalhadores-lamenta-loc
, topics=[religião, informação]
, sections=[sociedade]
, score=0.000000]