expresso.ptLourenço Pereira Coutinho - 2 mai. 12:01

O 25 de Abril não foi um exclusivo da esquerda militar

O 25 de Abril não foi um exclusivo da esquerda militar

A tentação de Spínola para a concentração de poder, isto ao arrepio do programa do MFA, também contribuiu para a radicalização do processo revolucionário, o que prejudicou a emergência e protagonismo da direita democrática e civilista nos cruciais meses seguintes. Esta, não estava necessariamente alinhada com o projecto bonapartista de Spínola. As coisas não tinham de ser assim mas, ao sê-lo, deram argumentos para muitas interpretações criativas da História

Cinquenta anos depois, há quem continue convencido da falácia que o 25 de abril foi um golpe da esquerda militar, que tinha por objectivo iniciar uma revolução política que instaurasse uma “via original de socialismo”. Tal delírio determinista não corresponde à verdade histórica. O programa inicial do MF. Conhecer as primeiras semanas e meses do pós 25 de abril é pois essencial para uma interpretação objectiva do desenrolar do processo político de então. Aqui ficou uma amostra simplificada, pois poucos se debruçam sobre a fase crucial que medeia entre o 25 de abril e julho de 1974. Esta revela o comportamento exemplar do MFA, que delegou o poder e regressou aos quarteis, e como o 25 de abril esteve longe de ser um golpe da esquerda militar.

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