rr.sapo.ptrr.sapo.pt - 3 mai. 22:02

Proposta do Governo tira 517 euros ao comandante da GNR, maior aumento fica nos 227,70 euros

Proposta do Governo tira 517 euros ao comandante da GNR, maior aumento fica nos 227,70 euros

Na base da carreira, um guarda teria um aumento de 72,86 euros, ao passo que o comandante-geral da GNR, no topo da hierarquia, perderia 517,30 euros.

A proposta do Governo para o novo suplemento de missão da GNR implica uma perda salarial de 517,30 euros para o comandante-geral, com o maior aumento na carreira a ser de 227,70 euros para um alferes.

Os números são da Associação Nacional dos Oficiais da Guarda (ANOG), que, numa nota divulgada esta sexta-feira, refere que a proposta apresentada na quinta-feira pelo Governo à GNR "acarreta uma diminuição da remuneração de um grande número de militares e um impacto muito pouco expressivo nos restantes".

Segundo a ANOG, um cabo da GNR ganharia apenas mais 9 euros, mas um cabo-chefe perderia 33,11 euros e um cabo-mor ficaria com menos 54,17 euros no seu ordenado.

Na base da carreira, um guarda teria um aumento de 72,86 euros, ao passo que o comandante-geral da GNR, no topo da hierarquia, perderia 517,30 euros (à semelhança do diretor-nacional da PSP) - valor que representa a maior diminuição salarial, de acordo com as contas da ANOG.

Segundo a Associação Nacional dos Oficiais da Guarda, o maior aumento salarial na carreira da GNR seria de 227,70 euros para um alferes.

A ANOG critica que "a tutela apresentou uma solução que passa pela substituição do atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança por um suplemento de missão que varia com a categoria profissional".

Na quinta-feira, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, propôs um novo suplemento de missão para os elementos da PSP e da GNR - no valor entre os 365,13 euros e os 625,94 euros - que vai substituir o atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança.

Com este novo suplemento de missão, que tem como referência os vencimentos base do diretor-nacional da PSP e do comandante-geral da GNR, que são de 5.216,23 euros, há polícias e militares da GNR que ficam com um vencimento inferior ao que auferem atualmente, segundo os sindicatos da PSP e associações da GNR, que na quinta-feira estiveram reunidos com Margarida Blasco.

O atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança que os elementos da PSP e GNR recebem tem uma componente variável que corresponde a 20% do salário base e uma componente fixa de 100 euros.

Segundo a proposta apresentada pelo Governo aos sindicatos da PSP, os oficiais passariam a ter um suplemento de missão de 12% da remuneração base do diretor-nacional da PSP e do comandante-geral da GNR, enquanto a percentagem para os chefes da PSP e sargentos da GNR é de 9% e para os agentes e guardas é de 7%.

Os polícias e os militares da GNR exigem um suplemento de missão idêntico ao que o anterior Governo (PS) atribuiu à Polícia Judiciária, que em alguns casos representou um aumento salarial de 700 euros.

Na quinta-feira, no final da reunião com a ministra da Administração Interna, os dirigentes dos sindicatos da PSP e das associações socioprofissionais da GNR contestaram a proposta do atual Governo (Aliança Democrática) e afirmaram sentir-se "extremamente injustiçados". .

A plataforma que congrega estas estruturas vai apresentar à ministra uma contraproposta na próxima reunião, que se realiza a 15 de maio.

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