expresso.ptRodrigo Tavares - 12 set. 07:11

Quando eu morrer, doem os meus órgãos para transplante ou o meu corpo à ciência

Quando eu morrer, doem os meus órgãos para transplante ou o meu corpo à ciência

Portugal é um dos líderes mundiais em transplantes. Mas muitos portugueses continuam a morrer em filas de espera enquanto aguardam por um órgão

Quando eu falecer, doem os meus rins, fígado, coração, pâncreas, pulmões, tecidos (osso, tendão e outras estruturas osteotendinosas), córneas, válvulas cardíacas, segmentos vasculares e pele. Cortem tudo com um bisturi afiado e uma mão intrémula para apequenar as filas de espera e alongar a vida de qualquer outro ser humano, independentemente da sua condição cidadã no nosso país. Desbatizem esses nacos de carne antes de os enxertarem em qualquer outra gente. Deixarão de ser meus quando morrer.

Já é Subscritor? Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler
NewsItem [
pubDate=2024-09-12 08:11:03.321
, url=https://expresso.pt/opiniao/2024-09-12-quando-eu-morrer-doem-os-meus-orgaos-para-transplante-ou-o-meu-corpo-a-ciencia-2be5b759
, host=expresso.pt
, wordCount=94
, contentCount=1
, socialActionCount=0
, slug=2024_09_12_1046771947_quando-eu-morrer-doem-os-meus-orgaos-para-transplante-ou-o-meu-corpo-a-ciencia
, topics=[opinião]
, sections=[opiniao]
, score=0.000000]